Guia Orientativo Para Balizamento Lacustre e Fluvial

 

 

 

 

 

APRESENTAÇÃO

 

 

O presente guia foi elaborado com o intuito de divulgar e auxiliar aos usuários sobre a instalação de sinalizadores náuticos baseado na NORMAM-17/DHN do Ministério da Marinha que dispõe sobre o Balizamento Lacustre e Fluvial para proteção da navegação.

 

Procuramos elucidar o conteúdo da portaria em referencia, no objetivo de auxiliar na sua aplicação, ressalvando que nossa  interpretação pode merecer melhor elucidação dos órgãos competentes. Por isso incentivamos aos interessados a consultar e averiguar junto a Diretoria de Hidrografia e Navegação do Ministério da Marinha DHN.

 

O sistema de Balizamento Lacustre e Fluvial adotado no Brasil é o IALA B (Associação Internacional de Sinalização Náutica) e possui cinco tipos de sinais, podendo ser utilizados de forma combinada, contemplando sinais, cor, forma, marca de tope e luz. Damos ênfase à parte de balizas iluminadas que é de nosso interesse e recomendamos aos interessados que façam o download para obter a totalidade das informações no site da Marinha do Brasil.

 

 

 

CARACTERÍSTICAS

 

 

O significado de um sinal depende de uma ou mais das seguintes peculariedades:

  • À noite: cor e ritmo da luz. 

  • De dia: cor forma e marca de tope.

DEFINIÇÕES

  • Baliza:  Artifício visual utilizado como meio auxiliar na sinalização.

  • Bombordo ou Boreste: Lado ou direção da embarcação ou navegação.

  • Direção convencional do balizamento, que deve ser indicada nos documentos náuticos apropriados, pode ser:

    • A direção geral tomada pelo navegante, vindo de alto mar, ao aproximar-se de um porto, estuário ou outra via navegável;

    • A direção determinada pela DHN em consulta a países vizinhos.

  • Encarnada: cor em vermelho vivo.

  • Obstáculo: Acidente físico ou objeto de natureza temporária ou permanente, fixo ou móvel, situado em zona navegável.

 

TIPOS DE SINAIS E DESCRIÇÃO DOS USADOS NA REGIÃO "B"

 

SINAIS LATERAIS - Indicam bombordo e boreste da rota no a  ser seguida em canais bem definidos. Onde o canal se bifurca, um sinal lateral modificado pode ser utilizado para indicar a via preferencial.

 

Para BOMBORDO:

  • Cor: Verde.

  • Forma (bóias): Cilíndrica, pilar ou charuto.

  • Marca de tope: Um cilindro verde.

  • Cor de luz: Verde

  • Ritmo: Qualquer, com exceção para sinais de canais preferenciais.

 

Para CANAL PREFERENCIAL A BOMBORDO: Quando o canal se bifurca e o canal preferencial for a bombordo, o sinal de Boreste Modificado pode ser usado.

  • Cor: Encarnada, Verde com faixa larga horizontal verde.

  • Forma (bóias): Cônica, pilar ou charuto.

  • Marca de tope: Um cone encarnado com vértice para cima.

  • Cor de luz: Encarnada

  • Ritmo: grupo de lampejos compostos (2+1) por período.

 

 

 

Para BORESTE:

  • Cor: Encarnada.

  • Forma (bóias): Cônica, pilar ou charuto.

  • Marca de tope: Um cone encarnado com vértice para cima.

  • Cor de luz: Encarnada

  • Ritmo: Qualquer, com exceção para sinais de canais preferenciais.

 

Para CANAL PREFERENCIAL A BORESTE: Quando o canal se bifurca e o canal preferencial for a boreste, o sinal de Bombordo Modificado pode ser usado:

  • Cor: Verde com faixa larga horizontal encarnada.

  • Forma (bóias): Cônica, pilar ou charuto.

  • Marca de tope: Um cilindro verde.

  • Cor de luz: Verde

  • Ritmo: grupo de lampejos compostos (2+1) por período.

 

SINAIS DE ÁGUAS SEGURAS - Para indicar que em torno de sua posição as águas são navegáveis. Incluem-se os sinais de linha de centro e os de meio de canal e para indicar uma aterragem.

  • Cor: Faixas verticais encarnadas e brancas.

  • Forma: Esférica, pilar ou charuto.

  • Marca de tope: Uma esfera encarnada.

  • Cor de luz: Branca.

  • Ritmo: Isofásico ou de ocultação ou lampejo longo a cada 10 segundos ou a letra A em código Morse.

 

 

Para NOVOS PERIGOS, usado para descrever perigos recentes e não indicados em documentos náuticos. Ex.: bancos de areia, rochas, outros resultantes da ação do homem.

 

Quando oferecer risco grave à navegação o sinal luminoso deve ter ritmo rápido ou muito rápido, seja ele cardinal ou lateral.

 

Observações: Cada sinal fixo ou flutuante deverá ter uma ficha histórico que deverá ser atualizada sempre que ocorrer qualquer modificação.

 

Se a modificação altera características do sinal, só poderá ser efetivada com autorização prévia do DHN e modificações técnicas só podem ser efetuadas a critério da entidade responsável e comunicadas ao CAMR.

 

 

 

SINAIS DE PERIGO ISOLADO - Para indicar perigos isolados de tamanho limitado, cercado por águas navegáveis.

  • Cor: Preta com uma ou mais faixas largas horizontais encarnadas.

  • Forma: preferivelmente Pilar ou charuto.

  • Marca de tope: Duas esferas pretas, uma acima da outra.

  • Cor de luz: Branca.

  • Ritmo: Dois lampejos por período.

 

 

 

 

SINAIS CARDINAIS - Está associado à agulha de navegação e que indicam o setor onde se encontrará águas navegáveis. Os quatro quadrantes (Norte, Leste, Sul e Oeste) (ver maiores detalhes na NORMAM-17/DHN)

Para SINAIS CARDINAIS NORTE

  • Cor: Preta acima da amarela.

  • Forma: Pilar ou charuto.

  • Marca de tope: Dois cones pretos, um acima do outro, ambos com o vértice para cima.

  • Cor de luz: Branca.

  • Ritmo: Lampejos rápidos ou muito rápidos.

Para SINAIS CARDINAIS LESTE

  • Cor: Preta com larga faixa horizontal amarela.

  • Forma: Pilar ou charuto.

  • Marca de tope: Dois cones pretos, um acima do outro, com os vértices contrapostos.

  • Cor de luz: Branca.

  • Ritmo: Grupos de lampejos triplos muito rápidos a cada 5 segundos ou rápidos a cada 10 segundos.

Para SINAIS CARDINAIS SUL

  • Cor: Amarela acima da preta.

  • Forma: Pilar ou charuto.

  • Marca de tope: Dois cones pretos, um acima do outro, ambos com os vértices para baixo.

  • Cor de luz: Branca.

  • Ritmo: Grupos de 6 lampejos muito rápidos + lampejo longo a cada 10 seg. ou os mesmos lampejos rápidos +  lampejo longo a cada 15 segundos.

Para SINAIS CARDINAIS OESTE

  • Cor: Amarela com larga faixa horizontal preta.

  • Forma: Pilar ou charuto.

  • Marca de tope: Dois cones pretos, um acima do outro, ambos com os vértices apostos.

  • Cor de luz: Branca.

  • Ritmo: Grupos de 9 lampejos muito rápidos a cada 10 seg. ou os mesmos lampejos rápidos a cada 15 segundos.

 

SINAIS ESPECIAIS- Indicam uma área ou peculariedades mencionados em documentos náuticos.Ex.: ODAS, separação de trafego, área de despejos, área de exercícios militares, área de recreação, cabo ou tubulação marítima, delimitação de extremidades de construção sobre águas, etc...

  • Cor: Amarela.

  • Forma: Opcional, com exceção da cilíndrica, cônica ou esférica.

  • Marca de tope: Um X amarelo.

  • Cor de luz: Amarela

  • Ritmo: Qualquer, com exceção para sinais cardinais, de perigo isolado ou de águas seguras.

 
 

 

TABELA 1 - DISTÂNCIA NOMINAL E INTENSIDADE DE LUZ

Recomendações de intensidade de luz, em candelas, para serem visualizadas a olho nu a determinadas distâncias, tanto em uso noturno quanto diurno. Veja as observações para maiores detalhes.

 

Distância

Intensidade (cd)

 Km

Milha Náutica

Milha Terrestre

Operação Noturna

Operação Diurna

2,05

1,1

1,2

1

5.000

3,70

2,0

2,3

5

25.000

5,55

3,0

3,4

15

75.000

7,40

4,0

4,6

36

182.000

9,26

5,0

5,7

77

383.000

11,11

6,0

6,9

150

745.000

12,96

7,0

8,0

270

1.400.000

14,81

8,0

9,2

480

2.400.000

16,66

9,0

10,3

820

4.100.000

18,52

10,0

11,5

1.400

6.900.000

20,37

11,0

12,6

2.200

11.000.000

25,92

14,0

16,1

8.900

45.000.000

31,48

17,0

19,5

32.000

161.000.000

35,18

19,0

21,8

73.000

367.000.000

 

  • Cor da luz utilizada: branca. Cores como azul, verde ou vermelho, são captadas mais facilmente que amarelo ou branco.

  • Cores azul e verde são recomendadas para locais sujeitos a neblina.

  • Paisagens, cores e luzes de fundo podem prejudicar a visão do sinalizador.

Obs.: Como é praticamente impossível representar todos os fatores da natureza, que modificam o ambiente onde pode estar sendo instalado o sinalizador, as informações acima foram adquiridas em laboratório sob ausência total de luz. Entretanto para aproximar a condições de uso normal externo, foi adotado um fator de perda de 0,75. Outros fatores devem ser levados em consideração. A presente tabela foi extraída de estudos efetuados para a IALA /1998. 

 

 


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